No vídeo abaixo, a psicóloga Beatriz de Paula Souza, que é coordenadora do Serviço de Orientação à Queixa Escolar do Instituto de Psicologia da USP, discute alguns temas relacionados às queixas escolares, mais especificamente ligados à dislexia e ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Elencamos alguns dos pontos principais da entrevista, que problematizou o encaminhamento da escola à especialista e o lugar da doença no contexto escolar:
– O excesso de encaminhamento pode ser entendido como um pedido de socorro, um sintoma institucional.
– Individualização de problemas sociais, institucionais e comunitários.
– Visão biológica, as alterações são tomadas por doenças localizadas no corpo.
– O mito do diagnóstico, muitas vezes buscado para aliviar tensões da família e da escola.
– Pouca compreensão e implicação do processo ensino aprendizagem.
– Professores com dificuldades para ver o potencial das crianças.
– Olhar patologizante, que exclui e estigmatiza a criança diagnosticada
– O fomento da indústria farmacêutica ao diagnóstico.
– Os pais e a escola devem compreender o que o comportamento pode estar comunicando; o que está acontecendo com a criança?